sexta-feira, 31 de julho de 2009

Perpetuum Jazzile & BR6 - Aquarela Do Brasil (live, HQ)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Daniela Mercury - Canto da Cidade (Especial 1992)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

terça-feira, 28 de julho de 2009

The Hollies - He ain't heavy (He was mwy brother)

Quantas vezes eu e também você,
provavelmente, já ouvimos essa bela canção.
Mas, como eu, você também, suponho,
desconhecia a circunstância que a inspirou...
Aí está...
Tanto quanto a mim, espero que lhe seja do agrado.
Leia o texto abaixo...

Para quem ainda não se sente desprendido o suficiente
para agir como sugere a letra da música, vai um consolo:

"Se você se emocionar,
sentindo essa emoção dentro do seu coração, alegre-se:
A semente já está plantada, e a terra é fértil!

"Para os saudosistas, amantes da boa música...


Essa é uma música da nossa época de juventude,
mas sempre será atual, visto que nada mudou!!!!

Há que se pensar!!!

É sobre a entidade "Missão dos Orfãos",

em Washington, DC.Foi lá que ficou eternizada a música
"He ain't heavy, he is my brother" dos "The Hollies ".
(você pode não estar lembrando da música,
mas depois de ouvir, se lembrará do grande sucesso!)

A história conta que certa noite,
em uma forte nevasca, na sede da entidade,
um padre plantonista ouviu alguém bater na porta.

Ao abri-la ele se deparou com um menino coberto de neve,
com poucas roupas,
trazendo em suas costas,
um outro menino mais novo.

A fome estampada no rosto ,
o frio e a miséria dos dois comoveram o padre.

O sacerdote mandou-os entrar e exclamou :

- Ele deve ser muito pesado.

Ao que o que carregava disse:

- Ele não pesa, ele é meu irmão.
(He ain't heavy, he is my brother)
Não eram irmãos de sangue realmente.
Eram irmãos da rua.

O autor da música soube do caso
e se inspirou para compô-la .

E da frase fez-se o refrão .

Esses dois meninos,
foram adotados pela instituição.

É algo inspirador nestes dias de falta de solidariedade,
violência e egoismo.

enviada p/cris

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cartaz veiculado na Espanha


domingo, 26 de julho de 2009

Circle of Life" de Elton John


o desenho considerado o mais lindo e perfeito da Disney,
"Lion King", "Circle of Life" de Elton John.

sábado, 25 de julho de 2009

Besame Mucho

uma bela interpretação de Besame Mucho,
um clássico da música mexicana, escrito por Consuelo Velasquez,
em 1940, antes dela completar 16 anos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Dancing Queen", ABBA

com letra e tudo para incrementar seu karaokê

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Moon River by Innocence Mission

quarta-feira, 22 de julho de 2009

receita para a crise

comercial da Coca-Cola

terça-feira, 21 de julho de 2009

A cor ocre da pobreza




Não é de meu hábito,
mas inicio estas reflexões com reminiscências pessoais.
No início dos anos 40,
em instituição do Estado para meninos sem lar,
convivi, diariamente, durante quase três anos,
com mais de 200 companheiros,
brancos, negros, mulatos, cafuzos.
De vez em quando,
recordo-me de um deles,
e tenho dificuldade em lembrar exatamente a cor de sua pele.
Em minha memória,
só de alguns as características físicas,
por inusitadas, se destacam.
De modo geral deles me lembro com uma só cor,
a cor da pobreza, algumas vezes tingida pela esperança, e,
outras vezes, pálidas de permanente tristeza,
que a solidariedade do grupo, discreta,
quase muda, aliviava.
Naquele pequeno mundo, em que tínhamos o mínimo
– e nesse mínimo, a que não faltava a palmatória,
não se incluíam sapatos, nem escovas para os dentes
– o nosso consolo era o sonho comum de liberdade.
Penso muito nisso,
quando, em nome da igualdade,
pretendem instituir no Brasil uma noção que a ciência rejeita,
a de etnias humanas.
Fico imaginando se, naquela comunidade a que pertenci,
houvesse cotas cromáticas,
a fim de que alguns dispusessem de atendimento especial pelos professores,
tivessem um prato mais cheio,
ou recebessem enxadas mais leves para o trabalho na lavoura.
Se assim fosse, a nossa miséria seria insuportável.
Os guardas, homens igualmente pobres,
eram também negros, brancos, mestiços,
e atuavam de acordo com sua personalidade,
dois ou três com simpatia para com o nosso sofrimento,
alguns com indiferença, outros com crueldade.
Sabemos que há também no Brasil o preconceito de cor,
contra o qual há leis,
e é necessário combater esta e todas as outras formas de discriminação.
Em razão disso,
é inadmissível o reconhecimento pelo Estado da diferença,
mediante o proposto Estatuto da Igualdade Racial,
que é claramente inconstitucional.
O artigo V da Constituição, cláusula pétrea da Carta, não deixa dúvida:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país,
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade...”.
É natural e humano que os negros,
submetidos secularmente à opressão,
anseiem pelo ressarcimento histórico.
Não se duvida da boa intenção do autor do projeto,
que se destaca em sua atuação no Senado.
Muitas vezes, a ânsia de justiça leva à ingenuidade.
Se o Estatuto for aprovado,
a harmonia entre os brasileiros estará ameaçada.
Muitos negros não defendem a legislação proposta,
porque acreditam que ela provocará desentendimentos entre os pobres,
e se baseiam na experiência comum de que os que se diferenciam se excluem.
Disso sabem, com sua penosa história, alguns povos antigos.
Só há duas raças humanas,
e são raças sociais, não biológicas:
a raça dos oprimidos e a raça dos opressores.
Durante a escravidão,
os brancos pobres dispunham de liberdade formal,
estavam livres do tronco e das marcas a ferro,
mas eram também oprimidos.
Alguns serviam como feitores de escravos,
mas os feitores mais cruéis,
de acordo com depoimentos antigos,
eram os próprios negros.
E os negros comprados nas costas africanas
eram capturados e vendidos por outros negros.
A cor da pele não torna os homens melhores ou piores.
Não os faz mais inteligentes ou menos inteligentes,
mais honrados ou menos honrados.
É razoável que haja cotas para os pobres,
negros e brancos,
egressos das escolas públicas.
O sistema atual de vestibular privilegia
os que foram adestrados para responder aos questionários,
mas não identifica os mais aptos.
A experiência vem demonstrando que,
nos cursos universitários,
os bolsistas do Prouni, negros e brancos,
se distinguem por sua aplicação e inteligência.
Sabem que ali está a sua oportunidade
e procuram não desperdiçá-la.
A democracia, até onde podemos entendê-la,
se baseia na oportunidade igual e no mérito.
A qualificação das pessoas se faz na base de sua capacidade.
As leis de Nurenberg classificavam os homens pela cor da pele,
medidas do crânio e textura dos cabelos
– e exigiam a identidade “racial” nos documentos.
Mas foram revogadas em 1945. O que existe, sim,
é intolerável injustiça social que, em alguns casos,
o preconceito exacerba e a lei coíbe,
quando é aplicada.
Que todos tenham o mesmo direito,
homens e mulheres, negros e brancos,
mestiços ou albinos.
Eles constituem a única raça, a raça dos homens.

Por Mauro Santayana

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Gianluca Ginoble, Ignazio Boschetto e Piero Barone


e o mais velho tem 15 anos

domingo, 19 de julho de 2009

Perpetuum Jazzile & BR6 - Aquarela Do Brasil

Reparem na perfeição da pronúncia e entonação da letra.

PARECE UM CORAL DE BRASILEIROS,

MAS É DA LONGÍNQUA ESLOVÊNIA !!!

sábado, 18 de julho de 2009

A história de Lili Lohmann...


Dias atrás, meu telefone na redação da ÉPOCA tocou
quando eu arrumava minhas coisas para ir embora.
Atendi um pouco impaciente.
Do outro lado, uma voz de mulher com sotaque alemão.
“Eliane, aqui é Lili Lohmann.”
No mesmo instante, voz e nome resgataram-me para mim mesma.
“Estou ligando para dizer que li teu último livro,
O Olho da Rua, e adorei.”
De novo, eu sabia quem era eu.
Lili me contava o que importava na vida.
E aquela noite que seria mais uma,
numa rotina de repetições,
povoou-se de significados.
Lili me devolvia a grandeza. Quando eu aprendi a ler, aos sete anos,
senti que minha vida ganhava todas as possibilidades do mundo.
Cheguei perto dessa sensação algumas vezes ao longo dos meus 43 anos,
mas nunca como a dos primeiros livros.
Desde então, eu, que era ao mesmo tempo uma criança
que olhava muito e falava pouco,
mas também uma criança que aprontava bastante,
passei a atravessar meus dias trancada no quarto
lendo um livro atrás do outro.
Às vezes nem comia.
Ou me sentava à mesa para o almoço imersa na última linha lida,
temerosa de perdê-la numa colherada de feijão e,
com ela, a chance de chegar à linha seguinte.
Lia até quatro, cinco livros por dia.
Comecei pelos infantis e logo passei para os adultos.
Aos dez anos, eu já tinha lido todos os livros de José de Alencar,
não porque gostasse,
mas porque não conseguia parar até chegar ao fim da coleção.
E me atraía nele aquele erotismo velado,
de loiras que amavam índios de pele cor de cuia,
dândis que se perdiam pela marca de um pé minúsculo deixada na lama,
moças virtuosas que viravam prostitutas.
A partir daí, nada, nem mesmo minha iniciação sexual,
foi vivida sem a ajuda inestimável dos livros.
Era neles que eu buscava as respostas às tantas dúvidas
que me assaltavam.
Então conheci Lili.
Essa moça de origem alemã, ao mesmo tempo austera e enérgica,
magra e sólida,
com cabelos castanhos encaracolados e cortados curtos,
cuidava da seção de livros da Livraria Cultural,
a maior de Ijuí, minha cidade natal no Rio Grande do Sul.
E Lili gostava de livros, entendia de livros.
Meus pais, ambos descendentes de imigrantes italianos
esfomeados e analfabetos,
tinham um acordo com relação à sua prole:
não poderia faltar comida nem educação.
Passávamos às vezes anos sem ganhar uma roupa,
até os oito anos eu ainda dormia num berço,
com as pernas encolhidas,
porque não havia dinheiro para comprar uma cama,
mas a mesa era farta e os livros presentes.
Mas nem mesmo com esse firme propósito era possível para eles,
professores eternamente mal pagos,
como todos nesse país,
dar conta da minha voracidade de leitora.
Lili então,
com o cuidado de não expressar nenhuma condescendência,
me deixava ficar no canto da livraria
lendo por horas livros que jamais compraria.
Sentada no chão, num canto,
com prateleiras e mais prateleiras à disposição,
foi o mais perto que consegui chegar de uma ideia de paraíso.
Foi ali que aprendi a começar a ler pelo cheiro do papel.
Meu primeiro ato era uma cafungada
quase erótica naquelas folhas virgens,
as quais eu seria a primeira a desbravar.
Depois eu passava a mão na lombada,
sentindo formato e textura,
acariciava as páginas com reverência e delicadeza.
Só então lia a primeira palavra,
possuída por imensa felicidade.
Até hoje repito esse ato nas livrarias,
causando algum estranhamento nas pessoas próximas.
Para mim, os livros sempre foram sagrados,
mas apenas para que pudessem ser profanados.
Um dia Lili colocou uma escada à minha disposição,
e então pude alcançar os livros mais altos.
Nunca encontrei palavras para expressar o que essa escada representou.
Com ela, eu podia alcançar a Lua.
Eu era Neil Armstrong, mas não para fincar nenhuma bandeira,
não era a posse que me interessava.
Contentava-me em acariciar o chão lunar com a ponta dos dedos.
A certa altura,
nunca soube se porque alguém reclamou daquela criança
metida por horas numa dobra das prateleiras sem nada comprar
ou porque ela realmente acreditava no meu discernimento,
Lili me promoveu.
Fui incumbida da tarefa de ler os livros recém-lançados para dizer a ela
se devia ou não encomendá-los.
Ganhei então o privilégio de levá-los para casa.
Aos nove anos, eu era uma profissional com imenso poder.
Quando Lili anunciou que iria deixar a livraria,
meu mundo ficou profundamente abalado.
Talvez tenha sido minha primeira grande perda.
Com ela, toda a magia, assim como os bons livros, partiu.
As que a sucederam nunca perceberam a grandeza do seu trabalho,
deixavam-se reduzir a funcionárias.
Entre elas e os livros não havia intimidade,
seria o mesmo se apertassem parafusos.
Nunca soube as razões oficiais pelas quais a livraria
mais importante da cidade foi se terminando.
Mas, para mim, era a minha versão que fazia mais sentido.
Primeiro a livraria perdeu Lili,
depois a seção de livros,
restando apenas a papelaria, e,
por fim, morreu.
Não havia como ser diferente.
Livrarias sem alma podem até vender muito,
mas jamais serão grandes.
Não há vida sem o mistério da vida.
Há apenas atos destituídos de gente. Nosso tempo, me parece,
sofre de dois males que se complementam.
Pelo menos dois.
Um deles é acreditar que as pessoas importantes
são aquelas que batem recordes,
ganham milhões
ou aparecem na capa das revistas de celebridade
com seus corpões.
Fora desse hall da fama determinado
por razões que servem aos poucos de sempre,
a vida de todos os demais se torna pequena,
insignificante.
O outro mal é aquilo que está no discurso de gurus
e da maioria dos chefes nas mais diversas áreas,
que se resume por uma frase dita com ares de verdade absoluta:
“Ninguém é insubstituível”.
Eu acredito na grandeza das vidas supostamente comuns.
Interesso-me pelos acontecimentos que se repetem no cotidiano,
observo mais os desacontecimentos.
Sou fascinada pelo sentido que cada um cria para sua existência no mundo,
pelas pequenas delicadezas que nos fazem acordar
e levantar da cama a cada dia,
apesar de todas as brutalidades.
Acredito que nossa vida é
uma busca pelo extraordinário que mora em nós.
E que só o encontramos ao descobrir o extraordinário que mora no outro.
É esse o exercício de resistência de cada homem,
de cada mulher, diante do espelho do mundo,
a cada manhã:
não se deixar reduzir,
um exercício que só pode ter êxito na generosidade
ao olhar para o outro em busca de sua singularidade.
Então, quando ouço essa frase fatídica
– “ninguém é insubstituível” –
só sinto pena.
Quanto medo tem aquele que a pronuncia.
Como ele suspeita de sua insignificância.
E como ele se deixou reduzir.
A minha frase é outra:
Ninguém é substituível.
A singularidade do que sou, só eu sou.
A singularidade do que é você,
só você é.
O que você não fizer,
não será feito do jeito que só você pode fazer.
Se você deixar de ser o melhor que pode ser,
se desistir de dar o melhor que pode dar,
é uma falta inscrita na história do mundo.
E só há um jeito de alcançar a grandeza de cada um de nós,
que é a descoberta da grandeza do outro.
É só o reconhecimento da singularidade de cada um que,
paradoxalmente,
pode nos levar à descoberta
de que somos mais iguais do que diferentes.
E ao acreditarmos que ninguém é substituível,
torna-se impossível a discriminação por raça,
religião ou ideologia.
É o imenso valor da vida que alcançamos,
da nossa e da dos outros.
Então, quando alguém lhe disser que você é substituível,
tenha compaixão.
E não acredite.
Nunca permita que reduzam o mistério que é a sua vida
– e a do outro.
Até mesmo do equivocado que proclama frases como essas.
Passei décadas sem Lili.
Deixei Ijuí aos 17 anos, vivi em Porto Alegre até os 33,
desde 2000 moro em São Paulo.
Anos atrás, fui procurada pela editora do principal jornal de Ijuí,
o Jornal da Manhã, para participar de uma série sobre ijuienses
que haviam “vencido” fora da cidade.
Minha tarefa era escrever um texto sobre essa aventura pessoal.
Eu aceitei.
Mas escrevi um texto em que dizia que mais difícil do que partir
era permanecer na cidade.
E contei a história de Lili
e de como ela havia transformado a minha vida.
O texto publicado alcançou Lili,
numa cidade próxima e ainda menor, algum tempo depois.
Ela vivia tempos duros, estava triste, solitária.
Desconectada de sua grandeza.
Até então,
não tinha ideia de que havia
sido tão decisiva na vida de uma outra pessoa.
Nos reencontramos nesse reconhecimento.
E eu pude contar a Lili o que ela também fez de mim.
Era eu que agora escrevia livros.
Ela poderia me ler porque um dia permitiu que eu lesse
numa esquina das prateleiras de uma livraria de cidade pequena,
onde ela vivia cada dia consciente da grandeza de seu trabalho.
Contei essa história aqui por várias razões.
E por profundo sentimento.
Mas também para propor a você, que me lê,
o exercício de identificar no tempo as pessoas que,
com seus pequenos grandes gestos,
deram sentido à sua vida.
Fizeram diferença,
fizeram de você mais você.
E depois de redescobri-las em lembranças há muito esquecidas,
contar a elas que foram/que são insubstituíveis.
E então aprender para sempre que são essas as pessoas importantes,
mesmo que não sejam elas a ilustrar a capa das revistas de celebridades.
Dias atrás,
quando Lili Lohmann me ligou numa noite em que eu também
me iludia que eram horas iguais a todas as outras,
ela me disse uma frase que até agora me faz dançar:
“Quando eu leio o que você escreve é como se eu ganhasse um presente”.
Lili, você é um presente para sempre presente em tudo o que sou.
Eliane Brum é repórter especial de ÉPOCA,
integra a equipe da revista desde 2000.
Ganhou mais de 40 prêmios nacionais
e internacionais de Jornalismo.
É autora de A Vida Que Ninguém Vê
(Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007)

e O Olho da Rua (Globo).

sexta-feira, 17 de julho de 2009

The Innocence Mission - Over The Rainbow

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Nosso Amor de Ontem" - The Way We Were

"Nosso Amor de Ontem" (The Way We Were),
com Robert Redford e Barbra Streisand
que canta divinamente a trilha musical do filme que é de arrepiar.
Vale a pena relembrar...!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tráfego Aéreo

"O tempo deste clip é de 1m 12s

e representa as 24 horas de um dia inteiro de viagens de avião,

internas e entre os continentes.

Aproximadamente cada segundo de filme,

representa 20 minutos reais.

Cada pontinho amarelo é um voo com pelo menos 250 passageiros.

Note que os voos dos EUA para a Europa partem principalmente à noite,

e retornam de dia.

Pela imagem que o sol imprime no globo,

pode-se dizer que é verão no hemisfério norte.

Nos pólos norte e sul, não se observa a variação solar. "

terça-feira, 14 de julho de 2009

Mundo Moderno



Talvez o maior desafio da vida moderna
seja sermos nós mesmos em um mundo
que insiste em modelar nosso jeito de ser.
Querem que deixemos de ser como somos
e passemos a ser o que os outros esperam que sejamos.
Aliás, a própria palavra "pessoa" já é um convite
para que você deixe de ser você.
"Pessoa" vem de "Persona", que significa "máscara".
É isso mesmo:
coloque a máscara e vá para o trabalho.
Ou vá para a vida com a sua máscara.
Talvez o sentido do elogio:
"Fulano é uma boa pessoa",
signifique na verdade:
"Ele sabe usar muito bem a sua máscara social".
Mas qual o preço de ser bem adaptado?
O número de depressivos, alcoólatras
e suicidas aumenta assustadoramente.
Doenças de fundo psicológico como síndrome do pânico
e síndrome do lazer não param de surgir.
Dizer-se estressado virou lugar-comum
nas conversas entre amigos e familiares.
Esse é o preço.
Mas pior que isso é a terrível sensação de inadequação
que parece perseguir a maioria das pessoas.
Aquele sentimento cristalino de que não estamos vivendo
de acordo com a nossa vocação.
E qual o grande modelo da sociedade moderna?
Querer ser o que a maioria finge que é.
Querer viver fazendo o que a maioria faz.
É essa a cruel angústia do nosso tempo:
o medo de ser ultrapassado em uma corrida
que define quem é melhor,
baseada em parâmetros que, no final da pista,
não levam as pessoas a serem felizes.
Quanta gente nós não conhecemos,
que vive correndo atrás de metas sem conseguir
olhar para dentro da sua alma
e se perguntar onde exatamente
deseja chegar ao final da corrida?
Basta voltar os olhos para o passado para ver
as represálias sofridas por quem ousou sair dos trilhos,
e, mais que isso,
despertou nas pessoas
o desejo de serem elas mesmas.
Veja o que aconteceu a John Lennon, Abraham Lincoln,
Martin Luther King, Isaac Rabin?
É muito perigoso não ser adaptado!
Essa mesma sociedade que nos engessa
com suas regras de conduta,
luta intensamente
para fazer da educação um processo
de produção em massa.
A maioria das nossas escolas trabalha
para formar estudantes capazes
de passar no vestibular.
São poucos os educadores que se perguntam
se estão formando pessoas para assumirem
a sua vocação e a sua forma de ser.
Quantos casos de genialidade que foram excluídos
das escolas porque estavam além
do que o sistema de educação poderia suportar.
Conta-se que um professor de Albert Einstein
chamou seu pai para dizer que o filho
nunca daria para nada,
porque não conseguia se adaptar.
Os Beatles foram recusados pela gravadora Deca!
O livro "Fernão Capelo Gaivota"
foi recusado por 13 editoras!
O projeto da Disney Word foi recusado por 67 bancos!
Os gerentes diziam que a idéia de cobrar um único ingresso
na entrada do parque não daria lucros.
A lista de pessoas que precisaram passar por cima
da rejeição porque não se adaptavam ao esquema
pré-existente é infinita.
A sociedade nos catequiza para que sejamos mais uma peça
na engrenagem e quem não se moldar para ocupar o espaço
que lhe cabe será impiedosamente criticado.
Os próprios departamentos de treinamento
da maioria das empresas fazem isso.
Não percebem que treinamento é coisa para cachorros,
macacos, elefantes.
Seres humanos não deveriam ser treinados,
e sim estimulados a dar o melhor de si
em tudo o que fazem.
Resultado:
a maioria das pessoas se sente o patinho feio
e imagina que todo o mundo se sente o cisne.
Triste ilusão:
quase todo mundo
se sente um patinho feio também.
Ainda há tempo!
Nunca é tarde para se descobrir único.
Nunca é tarde para descobrir que não existe
nem nunca existirá ninguém igual a você.
E ao invés de se tornar mais um patinho,
escolha assumir sua condição inalienável de cisne!
Pense nisso!
Roberto Shinyashik

segunda-feira, 13 de julho de 2009

As Parcas - "Algo em nós se perde quando se vão os ídolos de uma época"




"Quantas pessoas não têm vendido sua alma ao diabo
na busca de um frescor que não durará para sempre,
de uma eternização da beleza,
dos esforços para ser aceito,
amado… "

Era, no gênero, talentoso, criativo, ousado.
Mas é possível que tenha se deixado trair pelo mais perigoso
de todos os demônios da legião que nos tenta todas as horas do dia:
aquele que nos sopra aos ouvidos
que nossas qualidades derivam de nossos defeitos;
sem estes, não teríamos aquelas.
É uma das farsas grotescas do diabo.
Os defeitos, é claro, são só o que nos atrapalha.
A partir de um momento de sua trajetória,
Jackson parecia mais livre do que todos nós,
a tal ponto que resolveu recriar a própria imagem.
Pensem um pouco.
É o espelho que, no dia a dia,
recolhe os nossos cacos e os cola numa inteireza:
“Este é você”, ele nos diz.
Olhando-nos, podemos ver a nossa própria consciência,
as dores que só nos conhecemos,
os medos que não confessamos.
Está tudo lá.
Diante de nossa própria figura,
na solidão,
o coração pode, então,
como num soneto antigo, estampar-se no rosto.
Não há plástica ou cosmética que possam nos livrar de nós mesmos.
Refugiado em Neverland,
Jackson quis ser “Outro”,
dissociando o que ele realmente era daquele que ele via.
O que o espelho nos mostra de mais importante não são, pois,
nossas rugas, nossos cabelos brancos,
nossos quilos a mais ou a menos.
Dia após dia, ele resume a nossa vida.
Vemos, parafraseando Drummond,
o queixo de nosso pai no nosso queixo;
marcas da família desenhando nossa idade madura
e nos acenando com a velhice
— vislumbramos o nosso queixo no queixo de nossos filhos:
sobreviveremos.
Justificamo-nos, enfim, diante dele,
tentando, à saída, uma última conciliação:
quem sabe ele nos perdoe e nos diga um
“Siga adiante”.
E ele costuma dizer.
E só por isso tocamos o barco.
Como era com Jackson?
Pouco importa a causa imediata de sua morte,
o que se viu foi um dos suicídios mais lentos do showbiz,
área em que ou se desaparece muito cedo,
como a evocar a máxima de que “morre cedo o que os deuses amam”,
ou se entra em decadência, com o esquecimento
e a irrelevância cortejando a estrela.
Ele ainda tentava mudar a escrita do destino,
buscando um renascimento com shows na Inglaterra.
Não houve tempo.
Os deuses roubam quando dão.
E o mais perverso de todos os novos deuses olímpicos é a fama.
Jackson foi eliminando progressivamente a memória de si mesmo,
ficando sem passado.
E, à medida que mergulhava sabe-se lá em que doença do espírito,
tinha menos o que dizer para o futuro.
O garoto genial (para o gênero ao menos) de Thriller era uma carcaça.
Jackson, morto em vida, estava oco de si mesmo.
Aquele do espelho não era ele,
mas também não era ninguém.
De fato, havia morrido fazia tempo.
Seu sofrimento não deve ter sido pequeno.
Reinaldo Azevedo
Veja
um belo e claro texto a respeito de Michael Jackson

domingo, 12 de julho de 2009

Crianças fisicamente desafiadas correm - vejam este pequeno filme até o fim

Algum tempo atrás, na Seattle Olimpíada,
nove atletas, todos mentalmente ou fisicamente desafiados,
ficavam na linha de início para a corrida de 100 m.
O revólver acionado e a corrida começou.
Não era todo mundo que corria,
mas todos quiseram participar e ganhar.
Correram e um rapaz tropeçou e caiu, começando a chorar .
Os outros oito ouviram-no chorando.
Retardaram e olhando para trás
- Pararam e voltaram...
Todos eles. ..
A menina com Síndrome mais baixo sentou-se ao lado dele,
abraçou-o e falou:
"Tá se Sentindo melhor agora"?
Então,
Todos os nove de ombro colado andaram carregando-o à linha de chegada.

A multidão inteira levantou-se e aplaudiu.
E o aplauso durou um tempo muito longo...

cf Inácio,
Emoção: A gente nasce com ela.
Solidariedade: A gente ainda aprende.

sábado, 11 de julho de 2009

Documentário - Michael Jackson.Parte 1









sexta-feira, 10 de julho de 2009

VIVER DESPENTEADA




Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie,

por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade…

O mundo é louco, definitivamente louco…

O que é gostoso, engorda.
O que é lindo, custa caro.

O sol que ilumina o teu rosto enruga.

E o que é realmente bom dessa vida, despenteia…

- Fazer amor, despenteia.

- Rir às gargalhadas, despenteia.

- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.

- Tirar a roupa, despenteia.

- Beijar a pessoa amada, despenteia.

- Brincar, despenteia.

- Cantar até ficar sem ar, despenteia.

- Dançar até duvidar se foi boa idéia

colocar aqueles saltos gigantes essa noite,
deixa seu cabelo irreconhecível…

Então, como sempre,

cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado…

mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento
mais feliz da minha vida.

É a lei da vida:
sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide
ir no primeiro carrinho da montanha russa,
que aquela que decide não subir.

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável,

toda arrumada por dentro e por fora...

O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:

Arrume o cabelo,
coloque, tire, compre,
corra, emagreça, coma coisas saudáveis,
caminhe direito,
fique séria…

e talvez deveria seguir as instruções,
mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?

Por acaso não se dão conta que para ficar bonita

eu tenho que me sentir bonita…

A pessoa mais bonita que posso ser!

O único que realmente importa é que ao me olhar no espelho,

veja a mulher que devo ser.

Por isso,
minha recomendação a todas as mulheres:

Entregue-se,
Coma coisas gostosas,
Beije,
Abrace,

Dance,
Apaixone-se,
Relaxe,
Viaje,
Pule,

Durma tarde,
Acorde cedo,
Corra, Voe,
Cante,
arrume-se para ficar linda,
arrume-se para ficar confortável,

Admire a paisagem,
aproveite, e acima de tudo,
deixa a vida te despentear!!!

O pior que pode passar é que,
rindo frente ao espelho,
você precise se pentear de novo...

(A.D.)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Roy Orbison - Crying

quarta-feira, 8 de julho de 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

Libertou-se o menino Michael Jackson


Clovis H Lindner
O texto é bom e as imagens muito boas.
Servem para informação e reflexões.
E já que falo em informação,
lembro de uma que, imagino, todos já sabiam:
Michael compôs a maioria quase que absoluta
das músicas que interpretou.
Sem mais considerações
sobre seu comportamento e desvios,
e ressaltando que não estou engajado
em nenhuma campanha pró-santificação do artista,
acrescento que o cara tinha um baita talento.
Reconheçamos!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Michael Jackson - Thriller live (1987)

domingo, 5 de julho de 2009

Michael Jackson - Way You Make Me Feel and man in the mirror

Grammys '88

sábado, 4 de julho de 2009

The Michael Jackson Story

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Airbus nosso de cada dia




A queda do avião da AirFrance mobilizou até o Papa,
que fez orações pelos passageiros e tripulantes
e mandou mensagens de conforto para a França.
O Presidente Sarkozy e Carla Bruni
demonstraram a dor do governo da França,
país sede da empresa estatal proprietária do avião
e sede do consórcio construtor do Airbus.
O Presidente Lula igualmente se manifestou,
rezou-se uma missa na Candelária;
na capital, houve homenagens a um dos passageiros ilustres,
o maestro Sílvio Barbatto,

que fora regente da Sinfônica do Teatro Nacional.
O tamanho da tragédia
– 228 pessoas estavam a bordo –
emocionou o mundo e provocou dor em 32 países,
origem de passageiros e tripulantes.
E nada mais justo, antes do 4 a 0,
que as seleções do Uruguai e do Brasil
fizessem 1 minuto de silêncio no Estádio Centenário.

Deveríamos fazer 1 minuto de silêncio
a cada partida de futebol disputada no Brasil,
para lembrar os mortos do dia.
A cada dia,
no nosso país que chamávamos de pacífico,
são mortos em assassinatos e no trânsito,
bem mais que os 228 que viajavam no vôo 447.
Se são 50 mil homicídios por ano,
a média diária de assassinatos é de 137.
Se são 80 mil mortos por ano no trânsito
– aí adicionadas às estatísticas oficiais as estradas municipais,
vicinais e as cidades do interior,
mais os mortos até 90 dias após o acidente
– então são 219 mortos ao dia.
Somados, são 356 mortos por dia, a cada dia do ano.
É mais que um airbus 330 caindo por dia.

Por que isso não nos escandaliza?
Não nos mobiliza?
Não provoca reação do Papa, de Lula, da seleção brasileira,
da Câmara e do Senado,
dos governadores e prefeitos, de todos nós?
Que diferença existe entre as vítimas que estão acima das nuvens
e as que estão sobre a terra?
São mais de 300 brasileiros mortos todos os dias,
sem estarem indo para Paris.
São mais de 300 famílias atingidas a cada dia por uma tragédia.
São mais de 300 causas de violência a respeito das quais
não mergulhamos em busca das caixas pretas que revelem motivos.

Depois de recolherem os cadáveres do vôo 447,
as buscas vão procurar as caixas pretas,
para investigar as causas do acidente
e estabelecer mudanças para que as causas não se repitam.
Entre os brasileiros que não estavam indo para Paris
e encontram a morte a cada dia,
depois de chorados e enterrados os corpos,
abandonamos as buscas das causas de tanta violência nas ruas brasileiras.
Não procuramos saber o que motivou as mãos que mataram,
quer segurando uma arma ou um volante.
Corremos o sério risco de banalizarmos essa matança diária;
de ela se tornar natural.
É por isso que um acidente aéreo mexe tanto com os meios de informação,
as autoridades, as pessoas:
porque não são rotina, não foram banalizados.
Se permitirmos a banalização das nossas quotidianas mortes violentas
por nossa falta de reação,
acabaremos todos condicionados a aceitar nossa tragédia diária,
a queda do nosso airbus de cada dia.
Alexandre Garcia

é jornalista em Brasília

e escreve semanalmente em Só Notícias

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Reconciliar-se com suas emoções...




Reconciliar-se com suas emoções
é o maior desafio
do ser humano de hoje.
Há muito tempo
as emoções foram retiradas
da pauta do dia a dia
e nós acabamos nos distanciando
do nosso mundo interior,
de tudo aquilo
que é subjetivo,
e fomos levados a privilegiar
a pragmaticidade em nossas atividades
e em nossas relações."
Chapot

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Os versos da morte




A morte submete o rei e papa
E paga a cada um seu salário,
E devolve ao pobre o que ele perde
E toma ao rico o que ele abocanha.

em ‘Os Versos da Morte’
Hélinand de Froidmont