"APRENDI QUE:
A vida devia ser vivida dentro de normas e princípios
considerados imutáveis e irreversíveis.
Esses princípios e essas normas
me foram impostas como fazendo parte da própria vida.
Minha família de origem, a sociedade e a própria Igreja
procuravam impô-los e
procuravam educar-nos transformando esses princípios
em "etiqueta", absolutizando-os, por falta de uma visão
de conjunto.
PENSEI QUE:
A vida seria então a vivência de uma estória
pré-programada, com princípio, meio e fim.
E que dependia apenas de cada um vivê-la e programá-la,
de acordo com as etiquetas aprendidas,
não apenas em âmbito individual e pessoal,
mas em âmbito familiar e social.
DESCOBRI QUE:
A vida, muito mais complexa e menos programável
do que pensara.
Que os princípios e normas não são inquestionáveis
ou imutáveis, sendo influenciados pelas
cosmovisões que se sucedem, pelas evoluções culturais,
pelos questionamentos daí resultantes, e que
a ética ultrapassa todas as normas e princípios transformados em etiqueta;
e que, em vez de ser uma estória com principio, meio e fim
pré-programados, a vida se compõe de respostas
constantes e sempre renovadas aos desafios
que lhe são apresentados pela dinâmica própria
do contínuo processo de evolução em que todos vivemos.
E que podemos participar desse processo analisando-o,
criticando-o diante da vida entendida como dom,
como compromisso, como anúncio e como realização de tudo
o que puder contribuir com a humanização plena de todos os homens."
Setembro/1995
Beatriz Reis
3 comentários:
"... Que os princípios e normas NÃO são inquestionáveis ou imutáveis, sendo influenciados pelas cosmovisões que se sucedem pelas EVOLUÇÕES culturais, pelos questionamentos daí resultantes, e que a ÉTICA ultrapassa todas as normas e princípios transformados em etiqueta".
Só podia vir ser a minha tia, né?
Beijos
MC
N�o, "s� podia vir da minha tia", eu escrevi. Neste exato momento meu computador fez "clic" e at� hoje ningu�m entendeu nada. Ele est� no mais completo sil�ncio e eu estou com um emprestado.
Beijos
MC
sabe que tb pensei que a vida fosse como uma estória pré-programada...
mas não foi...
bjus
vivi
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