
Amor não deveria ser prisão ou dever,
mas crescimento e libertação. 
Porem, se gostamos de alguma coisa ou de alguém, 
queremos que esteja sempre connosco. 
Perda e separação significam sofrimento, 
mas não o fim da vida e nem o fim de todos os afectos.
Certa vez entregaram-me um bilhete que dizia:
«Se tu amas alguém, deixa-o livre.»(...)
O que mais identifica um par é o clima que circula entre ambos 
alem de palavras e gestos.
A palavra «liberdade» devia de ser a mais presente,
porem é a mais convidada a afastar-se discretamente
e permitir que em seu lugar 
assuma um comando a alguma subalterna: 
tolerância, resignação, doação adaptação. 
Rodando o fosso do castelo, a vilã de todas: a culpa. 
Quem deixou sobre a minha mesa um bilhete dizendo
«se tu amas alguém, deixa-o livre» 
sabia das coisas, 
portanto sabia também o desafio que me lançava. 
No mundo das palavras há tantos artificios 
quantas são as nossas contradições.
Por isso, conviver é tramar (...),
largar , ter, perder e nunca definitivamente entender
o que - se fossemos um pouco sábios - 
deveríamos fazer."
Lya Luft, Pensar é Transgredir
Lya Luft, Pensar é Transgredir
 
 


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