sexta-feira, 13 de junho de 2008

AS QUATRO ESTAÇÕES DA VIDA



AS QUATRO ESTAÇÕES DA VIDA


Você já notou a perfeição que existe na natureza?
Uma prova incontestável da harmonia que rege a Criação.
Como num poema cósmico,
Deus rima a vida humana

com o ritmo dos Mundos.

Ao nascermos,

é a primavera que eclode em seus perfumes e cores.
Tudo é festa.
A pele é viçosa.
Cabelos e olhos brilham, o sorriso é fácil.
Tudo traduz esperança e alegria.

Delicada primavera,
como as crianças que encantam

os nossos olhos com sua graça.
Nessa época, tudo parece sorrir.
Nenhuma preocupação perturba a alma.

A juventude corresponde ao auge do verão.
Estação de calor e beleza,

abençoada pelas chuvas ocasionais.
O sol aquece as almas, renovam-se as promessas.

Os jovens acreditam que podem todas as coisas,
que farão revoluções no Mundo,
que corrigirão todos os erros.

Trazem a alma aquecida pelo entusiasmo.
São impetuosos, vibrantes.
Seus impulsos fortes também podem ser passageiros...
Como as tempestades de verão.

Mas a vida corre célere.
E um dia – que surpresa – a força do verão já se foi.

Uma olhada ao espelho nos mostra rugas,
os cabelos que começam a embranquecer,
mas também aponta a mente trabalhada pela maturidade,
a conquista de uma visão mais completa sobre a existência.
É a chegada do outono.

Nessa estação, a palavra é plenitude.
Outono remete a uma época de reflexão
e de profunda beleza.
Suas paisagens inspiradoras
- de folhas douradas e céus de cores incríveis –
traduzem bem esse momento de nossa vida.

No outono da existência já não há a ingenuidade infantil
ou o ímpeto incontido da juventude,
mas há sabedoria acumulada,
experiência e muita disposição para viver cada momento,
aproveitando cada segundo.

Enfim, um dia chega o inverno.
A mais inquietante das estações.
Muitos temem o inverno,

como temem a velhice.
É que esquecem a beleza misteriosa
das paisagens cobertas de neve.

Época de recolhimento?
Em parte.
O inverno é também

a época do compartilhamento de experiências.

Quem disse que a velhice é triste?
Ela pode ser calorosa e feliz,
como uma noite de inverno diante da lareira,
na companhia dos seres amados.

Velhice também pode ser chocolate quente,
sorrisos gentis,
leitura sossegada,
generosidade com filhos e netos.
Basta que não se deixe que o frio enregele a alma.

Felizes seremos nós se aproveitarmos a beleza de cada estação.
Da primavera levarmos pela vida inteira
a espontaneidade e a alegria.

Do verão, a leveza e a força de vontade.
Do outono, a reflexão.
Do inverno, a experiência que
se compartilha com os seres amados.

A mensagem das estações em nossa vida vai além.
Quando pensar com tristeza na velhice,
afaste de imediato essa idéia.

Lembre-se que após o inverno
surge novamente a primavera.
E tudo recomeça.

Nós também recomeçaremos.
Nossa trajetória não se resume ao fim do inverno.
Há outras vidas, com novas estações.
E todas iniciam pela primavera da idade.

Após a morte,
ressurgiremos em outros planos da vida.
E seremos plenos, seremos belos.
Basta para isso amar.
Amar muito.

Amar as pessoas,
as flores, os bichos,
os Mundos que giram serenos.
Amar, enfim, a Criação Divina.
Amar tanto que a vida se transforme
numa eterna primavera.


Redação do Momento Espírita.

niver da Barbara

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