A idéia que fazemos a respeito das outras pessoas,
ao observá-las de fora,
é que elas são muito mais firmes
e determinadas do que nós.
Elas nos parecem muito mais seguras,
parecem não se abalar com os perigos da vida.
Muitas pessoas se empenham em parecer dessa forma,
de modo que nos sobra a sensação de que
só nós temos inseguranças.
As pessoas acabam classificando aqueles
que conhecem em seguros e inseguros,
sendo que elas próprias são as rainhas da insegurança.
A grande verdade é que,
nesse particular, a vida intima das pessoas
é bem mais parecida do que elas manifestam externamente.
Assim sendo,
só existem mesmo dois tipos humanos:
os inseguros e os mentirosos!
Como nos sentirmos seguros se vivemos sem nenhum tipo
de garantia acerca de nosso futuro,
sem sequer sabemos exatamente ao certo
de onde viemos e para onde vamos?
Nos dividimos, de fato, em duas categorias:
aqueles que aceitam mais docilmente a insegurança da nossa condição
– e não se empenham em esconder nada daquilo que estão sentindo
– e os que, não aceitando as limitações que nos são próprias,
gostam de passar por super-heróis
e tratam de fingir e demonstrar um estado
que não é o que sentem.
Flavio Gikovate
Flavio Gikovate
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