domingo, 6 de julho de 2008

A morte não é tudo



"A morte não é tudo.

Não é o final.

Eu apenas passei para a sala seguinte.

Nada aconteceu.

Tudo permanece exatamente como foi,

Eu sou eu, você é você,

e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos

permanece intocada, imutável.

O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos.

Chame-me pelo antigo apelido familiar.

Fale de mim da maneira que sempre fez.

Não mude o tom.

Não use nenhum ar solene ou de dor.

Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos.

Brinque, sorria, pense em mim, rez por mim.

Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi.

Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra.

A vida continua a ter o significado que sempre teve.

Existe uma continuidade absoluta e inquebrável.

O que é esta morte senão um acidente desprezível?

Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão?

Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo,

bem próximo, na outra esquina.

Está tudo bem!"

tradução de um poema de 1910,

que foi escrito pelo padre e poeta inglês, Henry Scott Holland

para o sermão da missa de morte do rei Eduardo VII.

O texto foi publicado pela primeira vez em 1919.

4 comentários:

Anônimo disse...

querida rachel
um beijo
com muita emoção
ao ler seu blog hoje

Anônimo disse...

assino embaixo...
ana
:)

Anônimo disse...

Adooooro essa foto dos dois! "Que coisa linda" - ela iria dizer ao ler esse poema...
Falo muito, olho as fotos, leio os poemas, canto as musicas, conto as historias e que delicia sao as memorias... :)

Te amo kel!:)
Sua sobrinha

Deborah LaChance

Anônimo disse...

Oi tia, oi tio!!
Um carinho na sua orelha bem gostoso. Escondido da Rachel, viu?
MC