Um comportamento muito comum
entre pais de classe média
e famílias abonadas financeiramente
é o de querer "poupar" os filhos das dificuldades,
contratempos e mudanças de hábitos
que uma crise pode exigir.
Procuram "protegê-los" sob a crença de que
"eles estão muito jovens
e famílias abonadas financeiramente
é o de querer "poupar" os filhos das dificuldades,
contratempos e mudanças de hábitos
que uma crise pode exigir.
Procuram "protegê-los" sob a crença de que
"eles estão muito jovens
para enfrentar as dificuldades da vida",
ou ainda a "de que eles não precisam
passar pelas dificuldades que eu passei."
ou ainda a "de que eles não precisam
passar pelas dificuldades que eu passei."
Lamentavelmente a experiência já demonstrou
que crianças ou jovens, poupados, e mesmo desinformados,
desses confrontos com a realidade acabam sendo pessoas
muito despreparadas para a vida.
Não apenas na sua relação com o dinheiro,
mas em muitos outros aspectos importantes
da existência como um todo. Vale sempre lembrar que o Ser
não está desvinculado daquilo que desejo Ter,
e menos ainda do que pretendo Parecer.
Esse conjunto de prioridades,
escolhas e valores terminam construindo um estilo de vida.
que crianças ou jovens, poupados, e mesmo desinformados,
desses confrontos com a realidade acabam sendo pessoas
muito despreparadas para a vida.
Não apenas na sua relação com o dinheiro,
mas em muitos outros aspectos importantes
da existência como um todo. Vale sempre lembrar que o Ser
não está desvinculado daquilo que desejo Ter,
e menos ainda do que pretendo Parecer.
Esse conjunto de prioridades,
escolhas e valores terminam construindo um estilo de vida.
Nesse sentido,
os momentos de crise
os momentos de crise
podem servir de material educativo
para as gerações mais jovens.
Compete aos pais, primeiro,
fazer este trabalho,
que deverá ser complementado pela escola.
para as gerações mais jovens.
Compete aos pais, primeiro,
fazer este trabalho,
que deverá ser complementado pela escola.
A euforia do mercado financeiro gerou novos
- ou supostos -
ricos, que não apenas ficaram deslumbrados
com sua capacidade de consumo
como também transmitiram aos filhos
- ou supostos -
ricos, que não apenas ficaram deslumbrados
com sua capacidade de consumo
como também transmitiram aos filhos
essa falta de compromisso
e responsabilidade com o valor
e importância de atingir metas
e resultados com conquistas permanentes.
O desfrute e a tranqüilidade do poder consumir
não devem estar dissociados
da capacidade de lutar pela conquista dessa possibilidade.
e responsabilidade com o valor
e importância de atingir metas
e resultados com conquistas permanentes.
O desfrute e a tranqüilidade do poder consumir
não devem estar dissociados
da capacidade de lutar pela conquista dessa possibilidade.
Entre as várias condutas possíveis
para as quais os pais podem educar
- e acima de tudo compartilhar -
com os filhos, a maioria delas está vinculada
para as quais os pais podem educar
- e acima de tudo compartilhar -
com os filhos, a maioria delas está vinculada
a uma vida mais frugal.
Ou seja, valorizando os pequenos prazeres,
experiências e objetos da vida. Um exemplo simples,
que faz todo o sentido em uma economia instável
como a que vivemos é recuperar o hábito da poupança:
resgatar o velho cofrinho para guardar o dinheiro
e voltar a usar o sistema da mesada.
Além de criar o hábito de poupar cria-se também
uma noção de valor relativo para as crianças que,
na maioria das vezes, apenas recebem,
ao invés de adquirir com seus próprios recursos.
Desta forma aprendem a transacionar desde pequenos.
Ou seja, valorizando os pequenos prazeres,
experiências e objetos da vida. Um exemplo simples,
que faz todo o sentido em uma economia instável
como a que vivemos é recuperar o hábito da poupança:
resgatar o velho cofrinho para guardar o dinheiro
e voltar a usar o sistema da mesada.
Além de criar o hábito de poupar cria-se também
uma noção de valor relativo para as crianças que,
na maioria das vezes, apenas recebem,
ao invés de adquirir com seus próprios recursos.
Desta forma aprendem a transacionar desde pequenos.
Segundo a americana Kristine E. Miele,
uma planejadora de finanças pessoais,
que ministra cursos e para crianças,
sob o título "Lições para a vida",
"o momento que vivemos justifica resgatar
os velhos e sempre válidos conceitos
uma planejadora de finanças pessoais,
que ministra cursos e para crianças,
sob o título "Lições para a vida",
"o momento que vivemos justifica resgatar
os velhos e sempre válidos conceitos
da hierarquia das necessidades
psicológicas básicas de Abraham Maslow,
que priorizam comida, roupas, moradia e transportes.
" Ela conclui que
psicológicas básicas de Abraham Maslow,
que priorizam comida, roupas, moradia e transportes.
" Ela conclui que
"desta maneira fazemos com que os mais jovens possam perder,
de forma gradual,
de forma gradual,
o vício dos gastos desnecessários."
O movimento para um consumo mais consciente,
educando os filhos para uma nova realidade econômica,
já ocorre de maneira muito intensa nos EUA.
Especialmente porque é lá que está o maior volume
de pessoas endividadas ponto que declararem falência pessoal.
Segundo o Institute for American Values,
"a proposta é construir uma cultura receptiva à poupança,
de modo que não seja visto como algo estranho,
mas como uma atitude a ser estimulada."
educando os filhos para uma nova realidade econômica,
já ocorre de maneira muito intensa nos EUA.
Especialmente porque é lá que está o maior volume
de pessoas endividadas ponto que declararem falência pessoal.
Segundo o Institute for American Values,
"a proposta é construir uma cultura receptiva à poupança,
de modo que não seja visto como algo estranho,
mas como uma atitude a ser estimulada."
Usar de forma mais racional o carro;
fazer pequenos deslocamentos a pé;
ampliar as opções de entretenimento no bairro
e em casa; criar novos momentos de diálogo na família;
pesquisar, de forma participativa com os familiares,
alternativas de turismo de menor custo
e conseguir isso por consenso;
revisar e compartilhar gastos;
discutir o orçamento doméstico;
estimular a poupança;
olhar o cardápio do restaurante
fazer pequenos deslocamentos a pé;
ampliar as opções de entretenimento no bairro
e em casa; criar novos momentos de diálogo na família;
pesquisar, de forma participativa com os familiares,
alternativas de turismo de menor custo
e conseguir isso por consenso;
revisar e compartilhar gastos;
discutir o orçamento doméstico;
estimular a poupança;
olhar o cardápio do restaurante
da coluna da direita para a esquerda;
conferir as despesas quando lhe são apresentadas;
não ter vergonha de poupar;
controlar o uso dos meios de comunicação mais caros; etc.
conferir as despesas quando lhe são apresentadas;
não ter vergonha de poupar;
controlar o uso dos meios de comunicação mais caros; etc.
Não estamos falando aqui apenas
da forma como usamos o dinheiro,
mas do significado que ele possa representar,
ou ter em nossas vidas. É evidente que todas essas idéias simples
parecem fazer mais sentido em função do momento que vivemos.
Ou seja, realizar esforços no sentido de recuperar
uma conduta de maior frugalidade
na relação com o dinheiro e suas possibilidades.
Mas, acima de tudo,
utilize todas essas experiências para envolver
e educar os filhos para a nova realidade que emergiu.
da forma como usamos o dinheiro,
mas do significado que ele possa representar,
ou ter em nossas vidas. É evidente que todas essas idéias simples
parecem fazer mais sentido em função do momento que vivemos.
Ou seja, realizar esforços no sentido de recuperar
uma conduta de maior frugalidade
na relação com o dinheiro e suas possibilidades.
Mas, acima de tudo,
utilize todas essas experiências para envolver
e educar os filhos para a nova realidade que emergiu.
Esta crise não é a última e nem será permanente.
Mas os filhos devem ser preparados
para encará-las durante todas suas etapas de vida.
Renato Bernhoeft é presidente da Bernhoeft Consultoria,
membro do FBCGi -The Family Business Consulting
Group International na América Latina
Fonte: Valor Econômico
Mas os filhos devem ser preparados
para encará-las durante todas suas etapas de vida.
Renato Bernhoeft é presidente da Bernhoeft Consultoria,
membro do FBCGi -The Family Business Consulting
Group International na América Latina
Fonte: Valor Econômico
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